Titulo: Hileia
Autor: Claudio Fortunato
Páginas: 700
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Encontre Claudio Fortunato no FACEBOOK ou entre em contato através do e-mail: claudio.everton@hotmail.com
Como ainda não postei nada, sobre essa obra do Claudio Fortunato, deixei os links para compra e contato com o autor no inicio da resenha. Tal como a sinopse está no Skoob.
Se os autores brasileiros ganhassem prêmios pela criatividade e originalidade em suas obras, provavelmente Claudio Fortunato concorreria. Para em quem surgir interesse em ler o livro, saiba que não perderá nenhum segundo de tempo, vou explicar o porquê e obviamente sem spoliers ( amaldiçoado foi o dia em que eu li uma resenha e descobri parte da história!) Ops! Deixarei de lado as minhas vivências pessoais!
Vamos lá!
Eu digo que não é perda de tempo ler um livro de 700 páginas por que, primeiro é um livro de literatura fantástica (*o*). Segundo, é sobre o folclore brasileiro. (yeah \o/)
Agora, vou contar as sensações que eu tive enquanto lia a obra do Claudio.
INICIO DA LEITURA
O livro começa com um estilo narrativo incomum de se ler, talvez por ser um estilo muito antigo. Claudio escolheu apresentar o prólogo através do estilo “primeira pessoa do presente particípio”, eu achei ousado de inicio, mas quando vi, estava fascinado pela semântica maravilhosa e pela historia que se desenrolava com facilidade. Tenho de ressaltar que o Claudio Fortunato, me levou a dois espaços de tempo diferentes, coisa incomum de se ver em um prologo. ( aplausos) Uma coisa que eu gostei muito, foi que com esse prologo o Claudio me deixou curioso quanto ao que aconteceu até Guido (um dos protagonistas) chegar onde estava. Isso mesmo, outra coisa grandiosa do inicio dessa leitura é que o Prologo na verdade é o futuro, os tempos atuais e não o comum “Na cidade de Thownsville... Ops... povoado de Hileia” (risos).
O livro nos primeiros capítulos é muito introspectivo e prende bastante a atenção quando a historia passa a ser narrada por Guido em terceira pessoa. Daí aparece um dos personagens mais graciosos e encantadores do livro para mim, a Maria do Socorro, ou simplesmente Socorro.
Todo o primeiro terço do livro relata os infortúnios e alegrias de Socorro e de sua família e começamos a navegar num mundo mágico com o surgimento de criaturas mágicas e malignas de lendas folclóricas contadas de uma maneira pouco pedagógica e com muita ação e aventura.
MEIO DA LEITURA
Nessa parte da leitura a narrativa novamente se divide, ora em primeira pessoa do pretérito perfeito, ora em terceira pessoa do pretérito perfeito. E não! A narrativa não fica chata! O Claudio só explorou melhor o campo de visão para descrever melhor os sentimentos das demais personagens, o que eu achei digno.
Nessa parte da historia eu senti que o que sustentava a trama ainda era os infortúnios de Socorro. Embora toda a trajetória de Guido também possua uma linha dramática.
Os principais antagonistas aparecem, estes são, Sêneca, o pequenino Nikos, Klaus, o Padre Pedro e o vilão Gianetto começa ganhar a magnitude de vilão ao meu ver.
Com certeza, a maioria das lágrimas dessa parte eu derramei por conta de Socorro.
FINAL DA LEITURA
Eu não sei ao certo onde se inicia a parte final da historia. Sei que durante a trajetória das personagens principais, muitas perdas acontecem. O podério emotivo que as personagens adquirem é incalculável. Pra quem teve folego para ler as 500 paginas anteriores, leriam as ultimas 200 em uma única respiração.
Novas criaturas mágicas aparecem e algumas revelações importantíssimas e chocantes também. O antepenúltimo capitulo, eu li sem mal piscar, só piscava quando não aguentava a agua escorrendo dos olhos.
O Claudio Fortunato guardou a maior das revelações pro final, assim como o final da trama foi objetivo e também não poderia ser de outra forma depois de 700 páginas. ( risos). E só pra ressaltar, todos os núcleos tiveram ótimas soluções, mesmo as mais tristes. No epílogo o Claudio volta com o estilo narrativo do prólogo, porém agora a passagem do tempo é do passado para o presente. Fabuloso. O livro termina com uma incógnita, porém não considerei uma chave perdida e sim um convite a acompanhar o trabalho do autor.
Terminadas as minhas impressões sobre a leitura, vou fazer uma síntese das principais personagens.
Lembrando que descreverei o meu modo de ver as personagens que mais me cativaram na leitura.
GUIDO (O protagonista): Embora seja o protagonista da historia, eu não me identifiquei muito na leitura com ele. Os sentimentos de ódio pelo pai e amor a Socorro foram o que mais o relevaram na historia na minha opinião. Isso não significa que ele seja um mau protagonista, mas eu valorizei mais a trajetória e todos os momentos difíceis que ele passou do que a personalidade e características que ele possuía.
SOCORRO: Ao meu ver, a personagem mais cativante do livro. Ela tem a personalidade própria e o pé no chão que a maioria dos leitores se identifica. Ela é heroica e destemida, no entanto ela nunca ou quase nunca avaliava aonde a impulsividade a levava. Sem contar que a trajetória dessa personagem emociona até o “Lord Valdermont” e é ela que sustenta a parte dramática da historia.
SÊNECA: Um dos meus personagens favoritos também, ele é o estilo sábio ancião que eu adoro em histórias míticas ou fantásticas. Basicamente é nele que se concentra a informação pedagógica da história. Dizem que em toda historia fantástica tem de haver um herói, um idiota e um sábio. Sêneca seria a terceira opção.
NIKOS: O personagem que me faz justo ao lindo significado do nome, o qual o Claudio fez a gentileza de explicar na ultima pagina do livro. O meu personagem masculino favorito. Muito esperto e inteligente para idade dele, só não digo mais para não spoliar.
GIANETTO: O personagem apresenta motivos para ser odiado, mas não tem tanta participação na historia a não ser em muitas partes da narrativa de Guido. Ele é apresentando como vilão, mas ao meu ver o livro do Cláudio apresenta o conflito “homem x sociedade”, onde o maior vilão seria a insanidade da humanidade, no caso, subordinada ao Gianetto na história.
PERUEN: Outra personagem encantadora como Socorro, só não a adorei mais por ela ter menos participação em toda a trama, não que ela não seja imensamente importante. Mas ela tem suas muitas qualidades que me fizeram tirar o chapéu.
Vocês devem estar se perguntando, “Michael, você não disse que era uma historia sobre folclore? Por que as personagens parecem ser tão comuns?” Comuns?! Não são nenhum pouco! Só lendo o livro que você saberá o que cada um deles tem haver com as lendas da floresta amazônica.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Claudio Fortunato - Autor |
Primeiramente devo memorar a cortesia de tirar o chapéu para uma obra tão ousada e cheia de cultura do nosso maravilhoso Brasil.
Claudio Fortunato escreveu com maestria em conhecimentos boa parte das lendas do nosso folclore de uma maneira que não é cansativa, e em um livro de 700 paginas! Sabe o que significa isso? Competência.
Vou ser sincero, de inicio quis ler a obra do Claudio apenas por ter um titulo sugestivo, depois que eu descobri que se tratava de folclore... Ai as minhas “Lombrigas Literárias” atacaram-me.
Sei que muitos não sabem, mas Claudio Fortunato faz parte de uma safra de escritores (que eu ainda faço parte também) que não tiveram o livro publicado e revisado por uma editora. Por isso quero dar os parabéns a ele pela excelente diagramação e pelos apenas dois erros de digitação que eu encontrei no livro (aplausos). A capa do livro é muito bonita, no entanto isso não foi valorizado pelo horrível papel couchê 300g com laminação fosca em que foi impressa. O material da capa é pouco resistente para um livro com tantas páginas. Mas a obra mostra que é pecado literário julgar um livro pela capa. O Clube dos Autores (empresa e site que publica e produz o livro) que me desculpe, mas o preço do livro é meio “salgadinho” em relação a outras empresas do mesmo ramo no mercado.
O material que é impresso as folhas também não é um dos melhores, não fosse a excelente diagramação do Cláudio a leitura ficaria cansativa, justamente pelas paginas serem impressas em papel offset 75g branco. (Ô pobreza do Clube dos Autores).
Gostaria apenas de fazer uma única opinião construtiva. É raro encontrar um livro de literatura fantástica onde não acontece um conflito de homem x homem, Claudio foi ousado em não fazê-lo e deu certo. O vilão da historia era unipresente, era a insanidade humana. Porém deve-se tomar cuidado ao tentar criar um vilão que sustenta a persona emotiva do protagonista. Ainda bem que a personagem Gianetto alavancou o significado no final. o/ Hiléia é digno de uma adaptação pra cinema!
Para não dizerem que sou muito malvadinho... Já que não gosto de postar quotes, vou postar o trecho que está escrito na orelha do livro, que é muito bom. Só pra terem uma ideia do talento de Claudio Fortunato.
"O homem não conseguiu amar o sangue que corre nas veias daqueles de sua própria raça, como poderia amar o sangue que corre nas veias de um animal selvagem?
Como poderia amar a seiva que corre no caule das plantas? Como poderia amar os rios, que são as artérias do nosso planeta? Quando aqueles que vieram aqui, tirar as riquezas que encontraram, forem embora, deixarão para trás os túmulos dos animais, das plantas e dos rios. Tudo se transformará em deserto, e seremos vitimas de sua voracidade insana. Acham vocês que sobreviveríamos a um deserto?"
*o*
Lindo não?
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