Resenha #01 - O Passaro - Samanta Holtz

Titulo: O Pasaro

Autora: Samanta Holtz

ISBN: 978-85-7679-638-1

Páginas: 477

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SINOPSE

Caroline Mondevieu é filha de um poderoso Barão e tem tudo o que uma dama da época poderia querer: status, riqueza e um ótimo partido para se casar. Seus sonhos, no entanto, vão muito além de vestidos caros ou um bom marido; ela quer ser dona do próprio destino. Sua vida muda completamente quando encontra Bernardo, um charmoso domador de cavalos que parece ter o dom de irritá-la. Eles não conseguem se entender até quando percebem que, para alcançar o sonho em comum da liberdade, terão que passar por cima das suas diferenças e se unirem num arriscado plano que promete transformar suas vidas para sempre. Grandes emoções os aguardam em sua jornada; perseguição, mistérios, ciganos e o despertar de um sentimento que insiste em se manter escondido. Mas o que parece tão simples envolve muito mais magia e coincidências que eles podem imaginar, além da descoberta de segredos, até então, muito bem guardados. Uma história romântica e surpreendente que irá prender sua atenção desde a primeira página. Você está preparado?

Para maiores informações sobre a Sinopse e sobre a autora, leia o post Lombrigas Literárias 01

       Meu Deus! É a expressão que define o livro da Samanta Holtz. E eu vou explicar claramente o porquê, e sem espoliar.

     A história da Caroline Mondevieu não impressionaria muitos homens se eles relevassem apenas a sinopse e comigo não é diferente. Mas como eu não sou preso a temas e acredito que todo autor tem a sua maneira de contar os inumeráveis clichês que existem por ai, eu resolvi ler “O Pássaro” por questão da época em que se passa a história, que eu particularmente amo, e também pela autora Samanta Holtz, ser um reflexo de simpatia, assim como eu já havia escrito no meu Primeiro post do Lombrigas Literárias.

     A minha maior surpresa durante a leitura, esta foi prazerosa desde o começo, foi não somente a leveza e facilidade na qual a Samanta descreve os cenários, as emoções e a descrição das personagens, mas a maneira como ela gerou diversos acontecimentos que mudavam o rumo da história sem fazer a historia parecer extensa e cansativa. Isso mesmo! O livro carrega um numero considerável de personagens e você não esquece ou se confunde com nenhum deles. E principalmente, todos os personagens tem sua importância muito significativa na história.

    Aqui eu não farei um resumo do livro, como o comum de se fazer em resenha, vou transmitir tudo o que eu senti com a leitura que eu acabei de terminar, por isso se preparem.

INICIO DA LEITURA

    O que dizer sobre o começo do livro? Não há um adjetivo para descrever, então criarei um: MARAVINCRIVEL! E por quê? Por que a Samanta já no primeiro capitulo me fez odiar quem tem de ser odiado e ainda me levou de um estado de alegria para revolta. E culminou em mim o trauma da pobre Caroline me fazendo entender que ela não era o tipo de personagem que eu esperava ser a analisar pela sinopse.

     Depois desse primeiro momento a autora me levou a outro tempo, outra situação onde a Caroline começou a tomar outra magnitude. Após isso, com as tradições da época a Samanta me fez perceber os desgostos de Caroline, a personagem sem coração que é barão (Ernesto Mondevieu), assim como a personalidade da mãe (Antonelle), da irmã (Elisabeth ou Liza) e fora esses o mais importante, Bernardo um dos antagonistas principais.

     Nos dez primeiros capítulos eu senti muito ódio de alguns personagens, não apenas o barão, mas a mãe e a irmã da Caroline, que eram duas “moscas mortas” (Samanta me desculpe!!! ><).

MEIO DA LEITURA

      Nessa fase da leitura a Samanta me trouxe uma critica contra a igreja e os costumes daquela época e nos traz uma nova face da Caroline. Em meio de muitos acontecimentos tumultuosos envolvendo casamentos e noivados ela decide se unir a Bernardo (O charmoso domador de cavalos da sinopse) para por em pratica o seu plano, que por hora parece dar certo.

      Provavelmente é nessa parte que eu comecei a notar que a Caroline tinha um Lado A e um Lado B. Pois em diversos momentos ela se mostrava uma “donzela fresca”, ora se mostrava destemida e pulso firme. Parabéns a Samanta por ter criado uma personagem com essa magnitude, pois o que sustentou a leitura nessa parte, além dos encantadores ciganos, foi a nuance de sentimentos que Caroline e Bernardo demostravam.

       Nessa parte da historia também apareceu um dos meus personagens favoritos, a mãe Nuha.

DESFECHO DA LEITURA

      Muito bom! O que acontece no ultimo terço do livro, são muitas revelações inesperadas e a personagem Dinamene, serva dos Mondevieu ganhou ”estrelinhas de boa menina”. Para Antonelle que eu “não dava nada”, acabou se tornando um personagem de respeito depois de muitas verdades reveladas. Assim como a irmã de Caroline se tornou uma das minhas personagens favoritas. O melhor de tudo foi a solução que a Samanta criou para todos os núcleos da trama. O que mais me comoveu foi ler o ultimo capitulo. Preparem o coração de vocês para as ultimas dez páginas do livro, o tão esperado “Voo do Pássaro”. A única coisa que não me contentou foi o final que teve o Barão, por mais que seja digno e eu não conteste a escolha da autora, eu ainda não senti a vontade de dizer “Bem feito desgraçado, a que se faz a que se paga!”. Mas todo o resto do fim foi muito lindo. Por mais que tenha seu lado hiper dramático e inesperado, nas ultimas paginas também é possível chorar de alegria e o mais importante, entender a maravilhosa mensagem do livro.

Vá atrás de seus sonhos e não pare até conseguir realiza-los.

     Agora que terminei de contar sobre a minha impressão sobre a leitura, vou à parte mais deliciosa que faço ao conclui-la. Analisar as personagens!

     Lembrando que essa analise é feita sobre a minha perspectiva sobre as personagens e acima de tudo uma opinião pessoal.

      Não falarei de todos, pois são muitos, vou falar do que mais me marcaram.

CAROLINE: Houve momentos que eu quis esganá-la pela idiotice e atitudes impulsivas. Mas no decorrer da trama e principalmente no fim, você percebe o quanto ela evoluiu. A personalidade não a fez se tornar uma das minhas personagens prediletas, embora excelente protagonista, por que todas as mudanças que ocorreram na sua maneira de ser aconteceram sutilmente.

BERNARDO: Como é predominantemente grosseiro eu o louvei! (\o/) Adoro quando existe um personagem que consegue ser educado de forma grosseira. (risos) Isso mesmo. O que mais gostei nele foram as ironias e farpas que ele trocou com Caroline até o meio da historia.

BARÃO (Ernesto Mondevieu): A personagem pra mim não parecia ter a força maléfica de um vilão, até chegar aos momentos finais do livro, de fato, ele parece não ter coração. Eu o detestei! (Sinal de que a Samanta fez bem o seu trabalho!).

GERSON (Pai de Bernardo e William): Embora fosse um personagem estimável pela sua sabedoria, ainda não o via com tanta admiração, até me surpreender com quem ele realmente era.

ANTONELLE (Baronesa): A força que essa personagem conseguiu quando aconteceu a reviravolta na historia foi inimaginável. Passei a admirá-la quando seu passado foi revelado.

ELISABETH: Como não odiar uma “mosca-morta”? Fazendo o contrário, amando-a! A minha personagem feminina favorita da historia. Essa daí me fez dizer: “É isso ai, esse cretino do seu marido mereceu!”. A mudança e evolução que acontece com essa personagem, além de emocionar, motiva a quem está lendo e por esse motivo eu a considero minha favorita.

FILIP: Meu personagem masculino favorito. O único personagem que eu me peguei dizendo no inconsciente “tadinho”. E dá muita dó mesmo! Uma das maiores raivas que eu senti de Caroline é por causa de algo sem pensar que ela disse envolvendo ele. O coitado é muito bonzinho e é o que causa um segundo segmento da historia na minha cabeça. Pois ele ama Caroline tanto quanto Bernardo. No desfecho da historia quando tudo parecia previsível em relação a ele, ele surpreende com outra atitude. (aplausos)

MAE NUHA: Tem o estilo de personagem que eu amo. Enigmática e muito sabia, sem contar que ela é o espelho de inspiração de Caroline e Antonelle, não por ser a mãe Nuha, mas por se revelar ser uma heroína que desconheciam o paradeiro.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

       Esse livro me surpreendeu bastante, não é a toa que eu já disse que Samanta Holtz pra mim se tornou um dos “ases” da literatura nacional. A leitura te encanta desde o inicio e faz justa a chamada que encontramos na contra capa do livro que é: “Uma história romântica e surpreendente que irá prender a sua atenção desde a primeira página. Você está preparado?”.

      As personagens bem estruturadas e tempo da historia nos levam a outro universo. A descrição detalhada dos cenários e dos sentimentos das personagens e lugares que recheiam essa fantástica obra me comoveram em diversas partes.

         Samanta Holtz me trouxe com seus escritos mais do que uma historia ou uma lição de vida, ela me trouxe admiração e quanto mais reconhecimento ela tiver, mais próximo do lugar que ela já devia estar chegará. Nós (Brasil) não temos uma premiação literária como o The New York Times, mas se tivéssemos O Pássaro, obrigatoriamente deveria estar lá.

      A diagramação do livro é ótima, as paginas em papel polen soft tornaram a leitura muito agradável. A quantidade de páginas e capítulos é boa, não diria boa, mas necessária, pois não tiraria nem uma linha sequer da história.

        A capa é linda, mas mesmo amando o livro eu não vejo a relação com a história e que me perdoe o Adriano de Souza (responsável pela capa). O material da capa é bem resistente assim como o das folhas.

       Recomendo cegamente esse livro para qualquer pessoa, pois ao meu ver, é impossível abandonar a leitura depois de ler os primeiros capítulos.

     Torço pela publicação de “Quero ser Beth Levitt” que é um novo romance que a Samanta está aguardando respostas das editoras. Fiz até um vídeo para essa campanha (segue abaixo). Assistam por favor e se juntem a essa causa.

          É isso galera, quem gostou compartilha, curte, comenta, divulga, mas já um prazer que tenham lido. Abraço em todos e obrigado pela visita.